quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

O BOI E A COBRA


HÁ DOIS ANOS ( 2010 )...

A cidade de Paulo Afonso é conhecida no cenário nacional através do seu potencial turístico e sua grande capacidade de gerar energia, que é distribuída para nove estados do Nordeste.

Nossa cidade é conhecida como a "Capital da Energia”, mas de uns tempos pra cá,estão acabando com as belezas naturais e a flora do município,um exemplo disso é o Balneário Boi e a Cobra.

Há tempos atrás,os turistas e até os cidadãos pauloafonsinos podiam desfrutar desse local,muitos levavam seus parentes e amigos e passavam horas desfrutando desse Balneário e do Parque Belvedere!

Mas, com a falta de compromisso dos que se dizem que são "Autoridades" em nosso município, a situação está ficando critica e com isso a população perde seu espaço de lazer.Muitas pessoas relataram a nossa reportagem,que não podem passar por essa localidade,devido à grande demanda de ladrões que furtam as pessoas que por ali passam.

A nossa reportagem foi até o local,e constatou que realmente no período da noite,nas imediações do Belvedere ao Boi e a Cobra,há um grande número de jovens nessa localidade. Os moradores que residem próximo ao Balneário,comentaram que o odor que vêm de lá é terrível e que faz muito tempo que ninguém liga para essa área tão importante!

Dessa forma, não só a população da nossa cidade perderá, mas os turistas também não vão poder conhecer esse Parque que é tão belo, quando "está limpo"! A população indignada com essa falta de respeito pede uma providência para esse caso, pois temos ai uma "Administração" que se diz ser tão transparente, então vamos dar uma explicação para a sociedade, o povo não pode mais esperar!

por pauloafonsonline.blogspot.com

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

ATERRO SANITÁRIO





ENQUANTO O ATERRO SANITÁRIO DE PAULO AFONSO NÃO SAI... ALGUMAS DICAS TÉCNICAS... PARA O ATERRO SANITÁRIO

INTRODUÇÃO
A matéria orgânica contida nos resíduos urbanos sofre decomposição anaeróbica, gerando o biogás bruto. Para utilização desta fonte de energia, cuja combustão libera produtos não tóxicos e não poluentes, foram construídos sistemas de captação de depurações compressão, com uma capacidade nominal de produção de 400 m3/h de biogás purificado. A experiência adquirida durante a implantação e na pré-operação da Usina permitiu o desenvolvimento de novos tipos de poços de captação, de novas formas de selamento das bacias do aterro, e dos equipamentos nacionais adaptados para condições operacionais do sistema de depuração.
INSTALAÇÃO DE ATERROS SANITÁRIOS
o local selecionado para implantação de aterros deve possuir características que permitam controlar os riscos de contaminação da água, do ar, e do solo;
ter localização que permita maior racionalização do transporte do lixo coletado em todo município; ser dotado de amplitude e topografia dominante que possibilite sua utilização por período razoavelmente longo, a fim de amortizar os investimentos necessários à implantação do aterro sanitário; deve dispor de facilidade e possibilidade de múltiplos acessos;
ser, de preferência, local de baixo valor de aquisição, mas que conte com sistemas de serviços públicos próximas, tais como rede elétrica, de água e de telefone;
ser suficientemente afastado de zonas urbanas, a fim de poupar a população do desconforto visual e de riscos à saúde pública, conservando, no entanto, relativa proximidade dos centros de coleta de lixo;
ser suficientemente afastado de poços e pontos de captação de água destinadas ao abastecimento público e não situar-se em áreas destinadas à proteção de mananciais;
devem, ainda, ser considerado as medidas de proteção ambiental e a lei do uso do solo, além dos possíveis impedimentos sanitários, econômico e políticos, que possam eventualmente ocorrer na escolha da área para afins de aterro sanitário;
deve o terreno ser selecionado, preferencialmente, em áreas que necessitam recuperação, a exemplo de terrenos erodidos, considerando-se também os fatores relativos a oportunidade de desapropriação e facilidade de aquisição.
PLANEJAMENTO
a execução de sondagens em pontos do terreno para identificação do tipo de solo disponível conhecido do nível do lençol de água, do qual depende a definição da cota de início de operação do aterro sanitário, que poderá ser igual ou superior a três metros acima do nível desse lençol de água ;
levantamento topográfico do terreno (planimétrico e altimétrico) visando a definição do projeto, do método ou técnica de aterragem a ser adotada;
volume de lixo domiciliar e do lixo público (de varrição e de capina) atualmente cortado;
fornecimento do número de veículos de coleta, indicando marca, tipo e capacidade dos mesmos;fornecimento de dados sobre população urbana do município.
CRITÉRIO PARA OPERAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO
a execução de drenagem de águas pluviais em forma de valetas, com declividade superior igual 2% para as laterais do terreno, a fim de desviar da área de operação as águas pluviais que podem provocar transtornos operacionais e o aumento de produção do líquido percolado; a drenagem do chorume (líquido de cor negra e odor desagradável, de elevado potencial poluidor, originado das enzimas expelidas das bactérias de decomposição do lixo) que deverá ser feita através de drenos horizontais executados com auxílio de retro-escavadeira e se constituem de uma vala de aproximadamente 60 x 60 cm, enchida com brita n° 3 ou 4 até a altura de 45 cm e recoberta com uma camada de material sintético ou capim seco;
a drenagem de biogás, que poderá ser executada através chaminés verticais de brita, constituídas progressivamente concominante com execução do próprio aterro,equidistante de 30 a 40 m; a execução desses drenos deverá ser realizada com auxílio de tubos de aço de espessura 1/8" , diâmetro de 35 cm e de 300 cm de comprimento, colocados verticalmente no aterro desde sua cota de início de operação e enchidos com brita n°4 ou 3; à medida que às camadas de lixo venham se sucedendo em volta do tubo, esses devem ser progressivamente içados pelo trator, através de alças dispostas em sua extremidade superior, deixando a massa de lixo a "chaminé" de brita, caminho preferencial de percolação de gás através do lixo em seu movimento ascendente; deverá ser dotado um trator de cateiras com lâmina para empurrar e compactar o lixo, cobri-lo com terra, abrir valas, manter os acessos em condições de uso e executar cortes para a retirada da terra, que será utilizada como material de cobertura; a compactação de lixo e da cobertura com terra deve se desenvolver com o trator operando de baixo para cima, em plano inclinado, repetindo a operação de 3 a 5 vezes sobre a camada de lixo; o material de cobertura deve ser retirado por escavação antecipada na própria frente de trabalho ou em local indicado no projeto específico; a altura das camadas de lixo compactado deverá variar de 0,60 m a 1,50 m de cobertura com terra de 15 a 30 cm; a cobertura final do aterro poderá ser de aproximadamente 60 cm de terra compactada, com declividade uniforme da superfície de1 a 2, para permitir o escoamento das águas pluviais; as várias camadas de lixo/terra compactadas vão se sucedendo até atingir a cota final prevista de projeto.
TÉCNICAS DE IMPLANTAÇÃO DOS ATERROS
Técnica da trincheira: após a escavação da trincheira com dimensões adequadas à operação dos equipamentos utilizados no aterramento, o lixo é depositado e confinado em um dos extremos da trincheira, em camadas sucessivas de células de 2 a 4 m de altura. No fim do dia o lixo será coberto com material escavado da trincheira, quando a trincheira estiver cheia, novas camadas de células poderão ser superpostas, escoradas por diques de contenção construídos com terra anteriormente escavada da trincheira.Técnica da rampa: após a terraplanagem da área, compacta-se o lixo de baixo para cima junto a uma rampa e cobre-se o lixo com terra. As camadas de lixo poderão ser superpostas para um melhor aproveitamento da área, desde que as camadas interiores estejam bem compactadas.Técnica da área: é utilizada em locais onde a topografia é bastante apropriada ao recebimento do lixo sobre a superfície, sem alteração de sua configuração natural. O lixo é descarregado, disposto, compactado e coberto

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Andarilho da Cidadela: O Homem Contra a Natureza

http://olavosaldanha.wordpress.com/o-homem-contra-a-natureza/

O Homem Contra a Natureza




O Homem Contra a Natureza


Esta postagem faz um questionamento sério. O que acontece lá fora enquanto gastamos nossa horas blogando? A blogosfera não seria uma arma poderosa para combater, protestar, confabular em prol da vida? Existe uma luta terrível sendo travada ao nosso redor e estamos envolvidos diretamente. Como sempre trago isto representado em imagens, algumas muito chocantes, mas que são um tapa em nosso rosto semi-acordado. O HOMEM CONTRA A NATUREZA, feroz e incontrolavelmente busca o domínio. A NATUREZA CONTRA O HOMEM, destemida, defende-se para não ver sua própria morte. O HOMEM CONTRA O HOMEM, provando que dele parte o egoísmo, a crueldade, a incapacidade de mudar os paradigmas. Veja e tire suas conclusões.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

CONEXÃO ROBERTO D'AVILA : Meio Ambiente e Sustentabilidade



HOJE 05/02/2012 - 20h00 NA TV BRASIL

Meio ambiente e sustentabilidade

Entrevistas com Marina Silva, Sérgio Besserman e Washington Novaes

Marina Silva

Para tratar de meio ambiente e sustentabilidade, o Conexão Roberto D’ Avila deste domingo (05) selecionou os melhores trechos das entrevistas feitas com três ambientalistas: Marina Silva, Sérgio Besserman e Washington Novaes.

Em junho deste ano, será realizada a Rio+20, que marca o vigésimo aniversário da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Eco-92. A ex-ministra e ex-senadora Mariana Silva, que deixou o Partido Verde por discordar da linha política da legenda, lembra que o evento vai revalidar e ampliar o protocolo assinado pelos países há 20 anos. Ela ainda comenta sobre a distância entre os governantes e a população no quesito ambiente.

Já o economista Sérgio Besserman lembrou os graves problemas advindos com o aquecimento global e os desafios que isso impõe ao futuro, além do papel da energia nuclear nos dias de hoje. E o jornalista Washington Novaes focou o caos urbano, a superpopulação, o inchaço das cidades e fez uma comparação entre o cotidiano do cidadão urbano com o dia a dia dos índios do Xingu.

Horário: 20h

sábado, 4 de fevereiro de 2012

O ANDARILHO DA CIDADELA ESTÁ DE VOLTA



O ANDARILHO DA CIDADELA está de volta para compartilhar conhecimentos, notícias,saberes e engajar-se ativamente por meio de projetos de intervenção socioambiental numa melhoria na qualidade de vida de todos.
ESTAMOS AÍ !!!

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ENSINO FUNDAMENTAL: PRATICANDO A PEDAGOGIA DOS 3 R’s


EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ENSINO FUNDAMENTAL: PRATICANDO A PEDAGOGIA DOS 3 R’s
Estamos enfrentando graves problemas ambientais, em resposta às atividades humanas ao longo dos anos, decorrentes “de uma ordem econômica mundial, caracterizada pela produção e consumo sempre crescentes, o que esgota e contamina nossos recursos naturais, além de criar e perpetuar desigualdades gritantes”. Com o objetivo de [...]

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ENSINO FUNDAMENTAL: PARATICANDO A PEDAGOGIA DOS 3 R’s.
Nathália Carina dos Santos Silva¹, Eni Carvalho Alves dos Santos¹, Patrícia Domingos²
¹ Licenciadas em Ciências Biológicas, Escola de Ciências da Saúde, Campus Duque de Caxias, UNIGRANRIO. E-mail: nathaliacarina@yahoo.com.br
² Professora Doutora da Escola de Ciências da Saúde, Campus Duque de Caxias, UNIGRANRIO.
Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO). Rua Prof. José de Souza Herdy, 1.160 - 25 de Agosto - Duque de Caxias – RJ. CEP: 25071-202

Estamos enfrentando graves problemas ambientais, em resposta às atividades humanas ao longo dos anos. O Fórum Global de 1992 e Agenda 21 ressaltam: “Os mais sérios problemas globais de desenvolvimento e meio ambiente que o mundo enfrenta decorrem de uma ordem econômica mundial, caracterizada pela produção e consumo sempre crescentes, o que esgota e contamina nossos recursos naturais, além de criar e perpetuar desigualdades gritantes” (NAÇÕES UNIDAS, 1997).
Os anos 20 marcaram o início da explosão no consumo. A sociedade sofreu uma metamorfose da cultura produtora para a cultura do consumo, onde desempenhar o papel de consumidor passou a ser regra, não formalmente declarada. Essa transformação pode estar associada à propagação do crédito ao consumidor, à criação das lojas de departamento, à venda por correspondência e à redução da jornada de trabalho. Além disso, o aumento do consumo está intimamente relacionado com a formação do campo publicitário, que desfaz a idéia de que as compras correspondem a necessidades práticas. “A promessa da publicidade para cada indivíduo é escapar à condição comum, tornando-se um privilegiado que pode oferecer a si mesmo um novo bem, mais raro, melhor, mais distinto” (DIAS & MOURA, 2007).
As embalagens, que no inicio eram destinadas à proteção do produto, hoje adquiriram o papel de estimularem o consumo, e os descartáveis ocupam o lugar dos bens duráveis e retornáveis. O resultado é um planeta com menos recursos naturais e com mais lixo. Somos invadidos a todo o momento pelo desejo de consumir mais e mais supérfluos, e que, rapidamente viram lixo. Além de poluição, lixo também significa muito desperdício de recursos naturais e energéticos para produzir “bens” de consumo (ABREU, 2001). Com o objetivo de amenizar os impactos ambientais causados pela atuação antrópica, principalmente através da exploração desenfreada dos recursos naturais, surgem algumas propostas de superação desta lógica consumista e de geração de lucro a qualquer custo, destacando-se a proposição do chamado desenvolvimento sustentável, ou seja, uma ação mais consciente e responsável do ser humano no planeta. Desenvolvimento Sustentável é aquele que atende as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de gerações futuras atenderem suas necessidades (ONU, 1991). Para alcançar esse objetivo deve haver um esforço das sociedades e governos de todo o mundo para a obtenção de recursos naturais da Terra sem desgastá-la ou poluí-la demais, combater o desperdício, promover a reciclagem de materiais aproveitáveis e o uso de fontes alternativas de energia e, principalmente, reduzir o consumo (CORDEIRO, 2008). Mininni-medina (1997) afirma que “o sucesso do desenvolvimento sustentável vai depender do empenho político e da participação da sociedade, visto que o novo conceito de preservação não significa que a natureza seja intocável, mas que o ser humano saiba utilizar os recursos naturais de forma adequada e tenha consciência de que eles são esgotáveis.”
Deve-se buscar em cada consumidor o verdadeiro cidadão, comprometido com preocupações coletivas mesmo em seus espaços privados. Consumo e cidadania devem ser compreendidos de forma conjunta e inseparável, reconhecendo que ao se consumir se pensa, ou seja, se escolhe e se reelabora o sentido social, constituindo-se uma nova maneira de ser cidadão (CANCLINI, 1996; EIGENHEER, 1993).
Leff (2001), fala sobre a impossibilidade de resolver os crescentes e complexos problemas ambientais e reverter suas causas, sem que ocorra uma mudança radical nos sistemas de conhecimento, dos valores e dos comportamentos. O principal meio para promover a mudança de pensamentos e de atitudes é através da Educação Ambiental, seja ela em âmbito formal ou não formal.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A Educação Ambiental surge a partir das preocupações da sociedade com o futuro e com a qualidade de vida das presentes e futuras gerações, sendo considerada uma alternativa que visa construir novas maneiras das pessoas se relacionarem com o meio ambiente (CARVALHO, 2004). Segundo a conferencia de Tbilisi (Georgia/URSS-1977) meio ambiente é definido como “o conjunto de sistemas naturais e sociais em que vivem os homens e os demais organismos e de onde obtêm sua subsistência”. Dessa maneira a educação ambiental torna-se um exercício de cidadania, com o objetivo de desenvolver uma consciência crítica nas pessoas. Assim, devem ser abordadas problemáticas ambientais que se interrelacionem com os aspectos sociais, econômicos, políticos, culturais, científicos, tecnológicos, ecológicos, legais e éticos (OLIVEIRA, 2006). A Educação Ambiental pode ser realizada no âmbito formal, ou seja, onde os projetos são voltados para inserção das questões socioambientais nos currículos escolares, ou não-formal, que resulta na aplicação de projetos voltados para a sociedade civil, envolvendo instituições como ONGs e Áreas de Proteção Ambiental (Parques Naturais, por exemplo). Na educação formal há uma forte tendência em se associar a educação ambiental ao ensino ou à defesa da ecologia, além disso, costuma-se considerá-la como um conteúdo interligado às ciências físicas e biológicas, sendo trabalhada num enfoque essencialmente naturalista. Por outro lado, muitas vezes, é organizada apenas como atividade enriquecedora de currículo, representada por atividades como campanhas, seminários e excursões, onde as atividades são dissociadas dos conteúdos básicos do programa escolar (OLIVEIRA, 2006). Entretanto, a Educação Ambiental não deve ser tratada simplesmente como ensino do mundo natural e nem pontualmente através de atividades paralelas ao currículo escolar, ela deve ser tratada de forma interdisciplinar (DÍAZ, 2002). Segundo o Tratado de Educação Ambiental para sociedades sustentáveis e responsabilidade global “(...) a Educação Ambiental deve basear-se num pensamento crítico e inovador; ter como propósito formar cidadãos com consciência local e planetária; ser um ato político, baseado em valores para transformação social; envolver uma perspectiva holística, enfocando a relação entre o ser humano, a natureza e o universo de forma interdisciplinar; e deve estimular a solidariedade, o respeito aos direitos humanos e a equidade” (BRASIL, 2001 apud SILVA, 2007). Uma das principais dificuldades de se trabalhar de maneira interdisciplinar a Educação Ambiental, está relacionada com a complexidade da problemática ambiental. É nesse cenário que se fundamenta a não criação de uma disciplina que trate das questões ambientais na educação formal, já que a mesma trata de fenômenos que abordam diferentes ciências. Sendo assim, uma das estratégias possíveis é o trabalho com situações – desafio no espaço escolar. Caracterizado por ser um trabalho de conquista, que exige clareza de definições e resultados concretos (OLIVEIRA, 2006). Nesse contexto, este trabalho reflete a aplicação de um projeto, que aborda o consumo de papel oficio nas escolas, ou seja, a relação consumo/desperdício no âmbito formal da Educação Ambiental e suas conseqüências ambientais e socioeconômicas, através da Pedagogia dos 3 R’s.
O CONSUMO DE PAPEL E A PEDAGOGIA DOS 3 R’s
A discussão sobre o uso e reuso de papel nas escolas é uma excelente estratégia para o trabalho com o tema consumo/desperdício. Sabe-se que é um local com alto índice de consumo deste material, tanto por professores quanto por alunos e, conseqüentemente, há uma grande geração de resíduos deste material. Nos aterros, quando não há contato suficiente com o ar e a água, o papel se degrada lentamente. Nos Estados Unidos foram encontrados em aterros jornais da década de 50 ainda em condição de serem lidos (CEMPRE, 2009).
Cerca de 95% dos papéis é feito a partir do tronco de árvores cultivadas. No Brasil o Eucalipto é o mais utilizado. Para produzir uma tonelada de papel são utilizadas aproximadamente 20 árvores. Além disso, a indústria de papel é muito poluente, pois utiliza grande quantidade de produtos químicos principalmente para o clareamento da massa, gerando contaminação da água utilizada nos processos de lavagem (CIÊNCIA A MÃO, 2009). Nas escolas há pouco incentivo para diminuição da utilização de papéis, sendo desperdiçados grandes números. É necessária uma conscientização plena envolvendo os alunos para contribuírem com a diminuição do consumo de papéis, pois para cada tonelada de papel poupado significa deixar de serem cortados grandes números de eucaliptos e pinos. Toda vez que se reutiliza um material, e, portanto reduz-se uma etapa industrial estamos reduzindo consumo de energia e o lançamento de resíduos da etapa industrial. Dentro da Educação Ambiental, uma das formas de se enfocar a diminuição do consumo e da geração de lixo que se instalou no mundo nos últimos anos é através da pedagogia do 3R’s. Segundo as resoluções da Agenda 21 de 1992, o princípio dos “3R’s” é apontado como a solução ou minimização dos problemas relacionados aos resíduos sólidos; redução ao mínimo dos resíduos; aumento ao máximo da reutilização e reciclagem ambientalmente saudáveis dos resíduos (AGENDA 21, 1996). Nesta concepção, cada um dos R’s representa uma mudança de postura em relação ao consumo, sendo o primeiro – Reduzir – o que representa o principal foco desta pedagogia, pois enfatiza a redução do consumo. Dos 3R’s este é o mais difícil de ser realizado, pois exige um alto grau de consciência; o segundo – Reutilizar - propõe a reutilização dos mesmos objetos, antes de descartar ou reciclar os produtos, usá-los de uma forma diferente e criativa; e por fim o terceiro – Reciclar – Representa a reinserção do produto no processo produtivo, substituindo matérias-primas virgens, completando seu ciclo quando o produto volta ao mercado. É uma alternativa somente quando não é mais possível reduzir, nem reutilizar (
Grande parte dos programas de educação ambiental acaba destacando a reciclagem em relação aos dois primeiros "erres" (reduzir e reutilizar). Assim, busca-se apenas atender à "consciência ecológica individual", iludida ao acreditar que, consumindo produtos recicláveis, estes serão necessariamente reciclados. Entretanto, como foi observado, os dois primeiros R's (Reduzir e Reutilizar) fazem parte de um processo educativo, que tem por objetivo uma mudança de hábitos no cotidiano dos cidadãos, e devem ser priorizados em relação à reciclagem. A questão-chave é levar o cidadão a repensar seus valores e práticas, reduzindo o consumo exagerado e o desperdício.
Além disso, o processo de reciclagem também resulta em algum tipo de poluição, além de consumir recursos como água e energia. Sendo assim, a reciclagem deve ser entendida como um complemento aos processos de redução e reutilização e não servir para ocultar as causas reais do problema: o desperdício, o incentivo ao consumo desenfreado e o desgaste dos locais de onde são extraídas as matérias-primas (ECOVIVER, 2010).